21/01/2010

Hora da partida.



E então ela parou para pensar e notou que a tão esperada partida do lirio ja havia ocorrido. Ele foi, e não deixou o sabor nem de delicia, nem de horror. No ar só se via o mesmo pleonasmo de sempre e o dilema que reside entre a espera e a desistência, e mais uma vez, ela se encontrava perdida entre esses dois caminhos. Medo de errar? Ja havia superado, talvez o inicio tenha sido o erro. Erro de amar demais, de se importar demais, de ser racional demais, de se permitir enganar pelo amor...

Hoje ela vê que não há nenhum vínculo, não há literalmente nada. Pensou em sair do país, pensou alto demais. Seu telefone jamais tocará, o lírio partiu e não deixou nenhum rastro, somente memórias, de um tempo que não voltará com ele longe. Ela se sente triste ao saber que ele levou nas bagagens o seu amor, otimista demais, pensar que a felicidade dela ainda está por aqui.
Resta-lhe tempo para pensar, e então decidir se vai desistir ou persistir. A única certeza é a de que o lírio partiu, e conscientemente ela não o espera mais. Não agora.

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