10/02/2010

Resposta do mundo.



Ela acordara ainda carregada de esperança.
Mesmo que o relógio a fizesse sentir a dor da ansiedade passar por toda a superfície de sua pele, e depois terminar a um centímetro de onde começara, e então, iniciar novamente.
Pra ela não importava, sorria, conversava, mas nfim um nó na garganta. Eram cinquenta porcento de chances pro lado amigo e cinquenta pra oposição.

...

O mundo lhe disse não.
Um dizer completo, nao falava nada mais do que devia mas também não se polpava, sequer, de nenhum detalhe em sua imensa bagagem. Era um não, que mudara sua vida, ou que talvez, não permitira que ela pudesse dizer que sua vida mudou.
Era a vitória da oposição, que cisma vir contra todas as vontades de quem luta pra realizar seu sonho. O fracasso, doía mas não lhe importava.
Junto de uma perda vem a garra pra enfrentar tudo novamente. Basta ter meta e foco, que NADA faz com que a perssoasão tome atitudes por si mesmo. E então, mesmo que sofra, ela não vai perssoadir.



- Assim se encerra mais um trecho de uma história como a dela.
E que diz mais que uma particularidade em vão, diz sobre ela, diz sobre mim.
Quanto a mim.
Eu vou tentar de novo e novamente, porque meus sonhos não são simples sonhos, são minha vida. E eu farei deles a minha realidade, a minha perfeita realidade.
Farei também, o que preciso for.

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01/02/2010

discrição.

- Não te dizer o que penso,
Já é pensar em você.

L.H - O Vento.

28/01/2010

Outro fato.


Mariana é jardineira. Desde pequena cuida de flores, cria, planta e assim por diante. Dizem que jardineiros são os donos do amor, são eles que detém aa felicidade alheia. Sua especialidade são os lírios, ah, eles são encantadores.
Ela diz que as plantas têm vida, Claudio também achava assim.

Claudio era um desses garotos urbanos. nascido e crescido em cidade urbana, não dava valor a nada além de carros e revistas. Até que ganhou um lírio, na verdade o encontrou, em meio a um jardim imenso. Ele o viu separado num canto, como se estivesse afastado da outras flors daquele lugar. Ele o pegou e levou-o pra casa.
Cuidou, cultivou até que o lírio cresceu. Cresceu e morreu.

Quem morria não era o lírio, era a felicidade de Claudio.
Os lírios não são verdadeiros lírios, lírios são incógnitas.
Pelo menos,os do que eu falo, dos que eu tnto falar.

26/01/2010

Discrição.

um pouco menos óbvio.

25/01/2010

Sobre o lírio


Narrar o invisivel, dissertar o desconhecido, enfim, falar sobre o lírio. O lírio vive, peculiarmente num intenso paradoxo com a minha vida. Eu nunca tinha pensado na diferença que há entre procurar e esperar. E hoje eu sei que espero.

Um dia vou vê-lo novamente, e vai ser o novamente mais incrivel da humanidade. Da minha humanidade. As coisas deviam ser peculiares: a minha realidade, o meu importante, a minha vida, o meu lirio. Mas dizem que é posse, porque as pessoas cismam em se incluir em tudo que as rodeiam, e até mesmo nas coisas mais distantes.

Acho preferível, mesmo que essa palavra não exista, reunir tudo o que me faz parte num único universo. E que este seja com letra minúscula, pra ser o mais restrito possivel.


Sobre o lirio.
Não há nada, nada que eu consiga.
Sobre o lirio, fica o lirio.

24/01/2010

Faixa azul.


Ela era azul, de tamanho não muito grande, naquele piso branco, a um metro e meio dos meus olhos. No momento em que eu a vi, foi como encontrar ouro no deserto. Meus olhos pararam. Eu sabia que se minha cabeça movesse meio centímetro eu a perderia, então, fiquei estático, meus olhos a acompanhavam naquela dança artificial.

Ela ia movimentando-se e eu comecei a entrar em desespero, cada segundo que passava, mais longe de mim ficava. E assim foi indo, até que o meio fizesse com que involuntariamente eu permitisse que um movimento abrupto nos separasse de vez. Ela havia ido embora.
Não me importava quem era ela. Nem de onde vinha, nem pra onde ia; eu só sei que não a encontrarei novamente.

Daí tem-se que muitas coisas vão e não voltam, e outras voltam sem nem antes vir. Uma antítese, talvez um paradoxo... Na verdade, a despedida de quem não se apresentou, a partida de quem nem se quer chegou.

Era a vez dela, da faixa azul a que eu tinha visto naquele momento. Dessa que a gente vê, talvez por reflexo, ou então algum mecanismo da visão. Talvez culpa de um elevado grau de miopia. Isso não importa. Só sei que estamos vulneráveis a isso, não há como fugir. Fatos acontecem, atos aparecem, e assim, as coisas caminham. Vários caminhos, com uma única saída, não há como fugir.

" ... She said goodbye,
as I said hello. "

21/01/2010

Hora da partida.



E então ela parou para pensar e notou que a tão esperada partida do lirio ja havia ocorrido. Ele foi, e não deixou o sabor nem de delicia, nem de horror. No ar só se via o mesmo pleonasmo de sempre e o dilema que reside entre a espera e a desistência, e mais uma vez, ela se encontrava perdida entre esses dois caminhos. Medo de errar? Ja havia superado, talvez o inicio tenha sido o erro. Erro de amar demais, de se importar demais, de ser racional demais, de se permitir enganar pelo amor...

Hoje ela vê que não há nenhum vínculo, não há literalmente nada. Pensou em sair do país, pensou alto demais. Seu telefone jamais tocará, o lírio partiu e não deixou nenhum rastro, somente memórias, de um tempo que não voltará com ele longe. Ela se sente triste ao saber que ele levou nas bagagens o seu amor, otimista demais, pensar que a felicidade dela ainda está por aqui.
Resta-lhe tempo para pensar, e então decidir se vai desistir ou persistir. A única certeza é a de que o lírio partiu, e conscientemente ela não o espera mais. Não agora.